No sábado, dia 7, tiramos o dia para um passeio no centro da cidade. Eu e o Rodrigo voaríamos de volta no Domingo. Como o Eduardo voltaria somente na segunda, decidiu pegar um trem para a Holanda. Pegamos o trem juntos para o centro e nos despedimos na estação Kropcke, se bem me lembro. Eu e o Rodrigo fomos em direção ao centro. Visitamos algumas feiras de rua no centro. Nada de muito interessante...havia uma feira só de tecidos, barracas e mais barracas vendendo tecido por metro, de qualquer tipo que se possa imaginar! Podem me chamar de machista, mas foi algo impressionante de se ver porém nem um pouco atrativo para nós!
Como tínhamos nos guarnecido bem no café da manhã, o almoço foi apenas uma sopa e uma apfel strudel com sorvete de sobremesa. Ambos muito saboros! O curioso foi ver a reação da garçonete quando pedimos uma sopa: "Só isso?". Compreensível, visto que na mesa vizinha havia 3 alemães cujo peso total com certeza passava dos 300 kg, apesar de não serem obesos...quando chegamos eles estavam comendo o que parecia uma boa refeição, mas depois é que veio o prato principal, uma carne que parecia muito saborosa, coberta com uma espécie de cream cheese. Mico superado, voltamos às ruas, fomos a uma grande loja de departamentos com pelo menos 4 andares, onde encontramos entre outras coisas excelentes brinquedos educativos para os filhotes. Brinquedos de montar interessantes, caixas com experimentos pra fazer em casa, coisas que realmente ajudam a construir conhecimento. Claro, há videogames e essas coisas, mas não ocupam o mesmo espaço que em lojas do Brasil. Nessa constatação aparentemente banal, percebe-se uma grande diferença cultural: ensinar a criança a pensar e construir o conhecimento. Nenhum país chega onde estes caras chegaram à toa. Claro que a cultura alemã tem também seu lado negativo e por vezes perverso, mas isso é assunto pra outra discussão.
Fomos também a outras lojas e a um supermercado e no fim do dia o cansaço bateu forte. Encontramos um pub estilo irlandês e não restou muita dúvida. Algumas Guiness e uma pizza foi o suficiente como jantar.
Pegamos o caminho de volta ao hotel, deixando o centro da cidade para trás. Novamente no trem, mais uma vez os fiscais apareceram. Sempre em trios, mostram suas credenciais e pedem para ver seu tíquete. Depois ficam alguns instante registrando dados em seus PDAs e descem todos na próxima parada. Nenhum espertinho tentou fugir desta vez. O dia de hoje foi com certeza o mais frio de todos, a neve veio bem forte, foi uma despedida em alto estilo que com certeza vai ficar na memória!
No dia seguinte pegamos um táxi para o aeroporto. Apesar de ter seguido pela auto-estrada, foi mais tranquilo que o motorista da vinda e não passou dos 120 km/h. A impressão que fica para mim do povo alemão é boa. No geral parecem trabalhadores, são tão organizados quanto eu imaginava, tomam muita cerveja (tivemos que incorporar este hábito como parte da imersão na cultura local, rsrs); fumam muito, como a maioria dos europeus, não são lá tão hospitaleiros, mas também não sentimos nenhum tipo de discriminação. Dá pra usar o transporte público para ir a praticamente qualquer lugar (ah, como gostaria de ir trabalhar de trem no Brasil!). O povo vai para as ruas, mesmo com -4 de temperatura. Enfim, foi mais uma grande e prazerosa aventura, com muitas descobertas e deu para conciliar com o trabalho e aprender bastante sobre mais um país. Obrigado a todos que acompanharam as postagens e até a próxima!
